16/05/2025
Nayara Rosolen – Equipe CNU
Executivos da Fundação Wilson Picler (FWP) e do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) se reuniram em busca da criação de um Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) para o Projeto Biorrefinaria, e captação de recursos para viabilizar a construção na Unidade Piloto. A iniciativa conta com fomento da Fundação Araucária e foi discutida em encontro realizado no dia 6 de maio de 2025.
O presidente da FWP, Luciano Frontino de Medeiros, o diretor financeiro, Jorge Bernardi, o diretor científico, Luiz Augusto Polydoro, e o coordenador na pesquisa da Biorrefinaria, Marcos Baroncini Proença, se encontraram com o diretor-presidente da Tecpar, Celso Kloss, e o vice-diretor presidente do Tecpar, Lindolfo Luiz Júnior, na sede do Instituto.
“É uma aproximação muito boa, muito oportuna, para que a gente potencialize o projeto, aproveitando todo esse know how que tem a Tecpar, com mais de 85 anos de tradição. Tendo um suporte deles nesse sentido, com certeza vamos chegar a ter um desempenho do nosso projeto, para chegarmos nos resultados que estamos almejando, destacou Luciano.
Na oportunidade, a equipe da FWP entregou uma amostra do fertilizante produzido no processo desenvolvido, para análise de micronutrientes e de Nitrogênio, Fósforo e Potássio (NPK) nos laboratórios de análise e certificação do Tecpar.
“É de extrema importância esta parceria, tanto em função das possibilidades de apoio às pesquisas realizadas na Fundação Wilson Picler, quanto em função da parceria sólida institucional que nos permita buscar recursos para projetos conjuntos”, declarou Marcos.
O coordenador na pesquisa explica que a comunidade é atendida pelo desenvolvimento de soluções envolvendo economia circular e sustentável para melhoria da oferta de alimentos, de energia e geração de commodities, com combate ao aquecimento global.
“Com essa união ao projeto, teremos todo um apoio de laboratórios de análises químicas para analisar os gases e insumos agrícolas gerados, para nortear e consolidar nossos desenvolvimentos. Também torna-se mais viável a busca de recursos a fundo perdido para o projeto”, salienta.
Marcos também conta que a equipe se mudou recentemente para um laboratório exclusivo da Biorrefinaria, onde um novo reator está em instalação. De acordo com o pesquisador, o local dá maior condução de desenvolvimento, com uma estrutura montada para enviar as medidas de sensores para os parceiros nacionais e internacionais, para que possam desenvolver junto o controle do projeto por inteligência artificial, por exemplo.
O novo espaço para os pesquisadores será inaugurado em breve e o coordenador adianta que processos para depósitos de duas patentes referentes à Biorrefinaria também estão em trâmite.
Sobre o Projeto da Biorrefinaria
Em desenvolvimento desde 2018, o projeto do Biodigestor evoluiu para a Biorrefinaria Controlada por Inteligência Artificial. Um sistema modular integrado e fechado, controlado por IA, para tratamento de resíduos sólidos com geração de fertilizante, biogás, energia elétrica e de hidrogênio verde.
Em 2022, a Rede Cooperativa de Pesquisa de Estabilização de Matéria Orgânica e Produção de Biogás (RECOOPE-EMOB) Interinstitucional firmou uma parceria com a FWP. Além do centro universitário, estão envolvidos pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) Medianeira e do Instituto Federal Catarinense (IFC).
Recentemente uniu-se ao projeto a Rede de Cooperação Internacional, com profissionais do Instituto Politécnico de Bragança (Portugal), Universidade Nacional del Nordeste (Argentina) e da Universidad del Republica de Uruguay (Uruguai). A biorrefinaria possui carta de intenção para o atendimento de mais de 500 famílias, sendo 410 famílias da Associação para o Desenvolvimento da Agroecologia e 100 famílias da cidade de Tijucas do Sul (PR).
À frente do projeto dentro do centro universitário, durante a última reunião presencial e confraternização da FWP, em dezembro de 2024, o professor Marcos afirmou que o objetivo é justamente ter uma multidisciplinaridade, por isso a equipe “fica muito feliz”.